Manuela d`Ávila - Deputada federal/PCdoB - JORNAL DO COMÉRCIO, 23/12/2011
O ano de 2011 trouxe como um dos grandes desafios para mim a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara. Quando assumi a presidência, fiz um resgate da visão dos direitos humanos na nossa história. Reafirmei, então, minha posição de que esses direitos devem ser vistos, também, sob o prisma dos direitos civis e sociais. Não há como distingui-los. Garantir aos cidadãos os direitos humanos é garantir sua cidadania e dignidade.
Neste período em que presido a Comissão, realizamos mais de 40 audiências públicas sobre os mais diversos temas. Tratamos da violência contra as mulheres, das ameaças aos povos indígenas, da atuação de grupos de extermínio, da situação das emergências hospitalares, da discriminação racial, da intolerância religiosa, da homofobia, da saúde da população negra, dos anistiados políticos e anistiados do governo Collor, da violência no campo, do trabalho escravo urbano, da liberdade de expressão na internet, da juventude, para citar alguns. A violação dos direitos se dá, infelizmente, em todas as áreas. Conhecer de forma mais profunda a realidade de milhões de brasileiros me fez reforçar a luta por mais igualdade e pela garantia de direitos básicos aos cidadãos. O papel do Estado precisa ser ocupado com precisão, ou corrermos o risco de ver direitos fundamentais serem violados permanentemente. Conseguimos, para avançar nesse sentido, apreciar 13 projetos de lei e denunciamos centenas de casos. Mas essa é uma luta que está apenas começando e deve ser de todos. A Comissão mostrou-me, ainda, que é possível construirmos consensos em áreas onde a intolerância sobrepõe-se ao bom senso. Havendo diálogo, respeito e debates democráticos, muitos dos desafios do nosso País podem ser superados. E essa lição não se restringe apenas à CDHM, mas a toda ação política. Essa é uma das grandes lições do ano e que guiará 2012.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - A Manuela é uma política hábil e competente, todos nós sabemos, principalmente entre osd jovens. Entretanto, o partido que ela representa tem história mundial de desrespeito aos direitos humanos, civis e sociais. O Partido Comunista do Brasil é públicamente simpatizante de ditadura imposta a mão de ferro na Coréia do Norte. Isto está bem explícito na nota de pesar expedida do partido pela morte do ditador daquele país. Com a manifestação contida neste artigo, ela deveria mudar de partido, ou é apenas oratória para o eleitorado desavisado?
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