ZERO HORA 08/11/2012 | 09h14
São Paulo repete rotina de violência e nove morrem desde a noite de quarta. Madrugada teve tiroteios, assaltos e a prisão de suspeitos de ataques a familiares de PMs
Humberto Trezzi | São Paulo
Um policial militar e um guarda municipal foram feridos entre a noite de quarta e a madrugada desta quinta-feira, na Região Metropolitana de São Paulo. Além deles, três homens armados, que tirotearam com a PM, foram mortos.
Outras seis pessoas também morreram em episódios isolados. Mas é provável que esses incidentes não tenham relação com a onda de ataques premeditados contra agentes da lei desencadeada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa dominante nos presídios paulistas — e brasileiros.
O primeiro tiroteio ocorreu por volta das 22h30min de quarta-feira. Um PM foi baleado no Córrego Taioca, limite entre os municípios de Santo André e São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista.
O policial estava numa radiopatrulha e teria trocado tiros com assaltantes. Seus colegas não souberam informar as circunstâncias do episódio. Atingido numa perna e no abdômen, o PM foi socorrido pela própria Polícia Militar e levado para o Pronto-socorro Central de São Bernardo. Nenhum suspeito foi preso.
Em Cotia, também na Região Metropolitana, dois guardas municipais faziam patrulha de carro por volta das 22h, na Rodovia Raposo Tavares, quando foram avisados de um assalto a um supermercado. Acabaram trocando tiros com quatro homens armados. Um dos guardas foi ferido de raspão no tórax, sem gravidade.
Os bandidos fugiram, mas foram cercados por integrantes do 33º Batalhão da PM. Conforme os policiais, houve troca de tiros e três criminosos acabaram morrendo. Um quarto suspeito foi detido e três armas, apreendidas.
Os policiais paulistas comemoram também a prisão de dois suspeitos de realizar um ataque contra dois filhos de um ex-policial militar das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), a tropa de elite da PM paulista. O ataque foi na madrugada de terça-feira. Tiago e Diego de Souza Serrão, de 27 e 22 anos (filhos do PM), foram perseguidos pelas ruas da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital paulista.
Após alcançar o carro, um dos ocupantes do táxi desceu, atirou várias vezes contra as vítimas e fugiu, acompanhado do taxista. Tiago morreu e o irmão dele foi transferido, em estado grave, para o Hospital do Mandaqui, onde segue internado.
Policiais civis do 40º Distrito Policial (região do Limão, zona norte) prenderam, na madrugada desta quinta-feira, o dono do táxi em que estava o assassino do filho do PM. O veículo foi identificado mediante filmagens de câmeras de um edifício próximo ao local do ataque. Como o taxista sumira, foi procurado e detido. Acabou apontando o passageiro que teria atirado nos jovens. O atirador foi reconhecido pelo sobrevivente. Ainda não está clara a motivação dos crimes.
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